quinta-feira, 15 de março de 2012

Psicologia de Quinta: Chore mas depois pare de chorar.

Buenas, amantes brasilienses!

Depois de um post todinho dedicado ao super lindamente excêntrico Tim Burton, um tema mais “psicológico”: seus sentimentos. Mais especificamente a tristeza.

Calma, não precisa buscar a caixinha de lenços de papel, mas vale a pena gastar um tico do seu tempo para ler as próximas linhas.

Sabem qual a capacidade mais genial do cérebro humano? A capacidade de aprender com as experiências. De modo geral, tudo que sentimos deixa marcas no cérebro. É isso mesmo! A tristeza e a alegria, por exemplo, são grandes mestres nisso. Por meio delas o cérebro se educa para dominar o mundo buscar incessantemente o bem estar.

Funciona assim: A alegria e o prazer destacam as experiências que deram certo e assim garante que elas sejam repetidas no futuro, já a tristeza indica que certos fatos foram dolorosos para o cérebro e devem ser evitados. Parece trivial, né?! Mas a partir desse “aprendizado” do cérebro é que nosso repertório de comportamentos se molda. Imagina aquela tristeza que sentimos ao terminar um relacionamento, por exemplo. Isso indica que a proximidade do ser amado é importante. E a saudade, aquela danada? Essa lembra ao cérebro como se anseia por voltar à presença da pessoa/coisa querida. Quer um exemplo mais dramático? A morte de um ente querido é tão dolorosa que só a ideia deste fato nos faz atentos para a importância das pessoas queridas que estejam a nossa volta.

Olha o bizú:
Se você está se sentindo triste, verifique se essa tristeza é justificável, se sim, admita e lide com ela porque ela é importante. Sim, sua tristeza (justificada) é importante! Lembra que eu disse que o cérebro aprende com as experiências?! Então, sentindo-se triste o cérebro aprende que certas atitudes devem ser evitadas, afinal elas te fizeram sofrer. Entretanto, fatos como a morte, por exemplo, devem ser aceitos e respeitado seu tempo de luto. São fenômenos humanos, você vai sofrer, mas em seu tempo isso vai passar. Sucintamente é isso, o cérebro entende que você deve se comportar diferente no futuro para não se entristecer novamente.

Agora um check it out:
Sabe o famoso: “Chora, que chorar faz bem”? Cuidado com isso! Na verdade o que alivia nosso sentimento de tristeza não é o choro em si, mas o FIM dele!

Um momento mais “neurológico”: O choro envolve a ativação de uma estrutura do cérebro chamada de amigdala cerebral, isso indica uma resposta de estresse causada pela tristeza e provoca reações como aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial no corpo e cérebro. Isso se acentua tanto que até o nosso sistema imunológico pode ficar afetado com isso (o que, aliás, não acontece se o choro for suprimido com êxito!) Bom, tem muitos desdobramentos aqui, mas, para nãop me alongare mais vamos para os finalmentes: O final do choro dá uma sensação de alívio, isso ocorre, porque nessa etapa acontece um enorme aumento da atividade do sistema nervoso parassimpático (este que tem efeito calmante sobre o corpo e o cérebro). Veja então que o choro é uma resposta ao estresse que alivia a tensão acumulada quando se para de chorar. Mas até que isso ocorra, o choro só deixa a tristeza mais intensa.


Viu? Então, evite o choro fácil, aquele sem motivos fortes, mas se mesmo assim os olhos mareados surgirem, encare isso como uma oportunidade de entender o porquê a situação em questão foi desagradável, pois assim se poderá traçar estratégias para lidar com isso e evitar se entristecer futuramente pelos mesmos motivos. Parece simples, mas lembre-se, o ser humano é o ser mais complexo que se tem notícia, portanto ainda estamos aprendendo como lidar com nós mesmos. Por hora, apenas seja feliz e tente não deprimir seu sistema parassimpático! =)

Postado por: Rapha, que tenta bravamente entender o ser humano.

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