quarta-feira, 18 de abril de 2012

Psicologia de Quinta (na quarta): Stalkers

Amantes brasilienses do quadradinho, welcome to “Psicologia de quinta”,
Estamos defasadas de novas postagens, sabemos. Perdoem-nos. Temos um bom motivo, juro. Ele se chama faculdade/trabalho! Mas para compensar que tal anteciparmos o post de quinta e postá-lo ainda hoje, nesta belíssima noite de quarta?!
Desculpas devidamente expressas, vamos ao post de quinta (quarta) de hoje: STALKING!
Sabem aquela frase de para-choque de caminhão máxima “Não me siga que não sou novela”? Pois fiquem sabendo que, além de brega, essa frase pode descrever algo mais sério, o stalking.
Explico.
Stalking é uma prática intrusiva, e por vezes violenta que consiste em um sujeito ativo invadir a privacidade de alguém de uma forma nada amigável, ou seja, ele a persegue. Esses são o stalkers!
Como eles agem? Bom, esses perseguidores podem ficar no encalço da vítima por meio de ligações em qualquer um ou todos os seus telefones; mensagens amorosas; telegramas; ramalhetes de flores; presentes não solicitados; recados em faixas na porta de casa; a espera de sua passagem por determinado lugar, enfim. O sujeito pode ainda inventar boatos a respeito da vítima, como notícias sobre uma falsa demissão no emprego, ou suposta doença grave; criar falácias sobre sua moral e tudo o mais que a imaginação dele permitir. Em casos mais extremos e bizarros, o stalker intimida explicitamente a vítima com ameaças e atitudes violentas, como por exemplo, quebrar seus bens e até mesmo agredi-la.
Parece coisa de “criminosos moderninhos”, né? Saiba que não é. Essa prática já vem sendo observada por séculos, apesar de ter sido definida como crime somente ali na década de 90. Dentre outras coisas um dos maiores motivos para essa definição ocorreu por conta de perseguições feitas contra celebridades, aliás, nos anos 80 o termo stalking já começou a ser usado pra tratar a perseguição obsessiva a famosos.
Quer um exemplo? Sabe o fã maluco que matou John Lennon? Pois é, este talvez seja o caso mais famoso. Em 1980, o Beatle foi assassinado em Nova York, em frente ao edifício Dakota, por Mark Chapman, que se dizia seu fã e, horas antes de matá-lo a tiros, havia pedido ao cantor um autógrafo na capa de um disco.
Lennon não foi o único. Nomes como Madonna, Hale Berry e Jennifer Anniston já sofreram com perseguições de stalkers (pelo menos elas saíram vivas).

Bem, o termo stalker até inspirou, na ficção o filme de mesmo nome do diretor Andrei Tarkovisky da antiga União Soviética datado de 1979. O filme conta que após a suposta queda de meteoritos numa região do planeta, essa região adquire propriedades estranhas e é chamada de Zona. Dentro da Zona, diz a lenda ter o Quarto, que seria um lugar onde todos os desejos são realizados. Temendo que a população invada a Zona à procura do Quarto, o exército a isola, mas eles próprios não têm coragem de entrar nela. Apenas alguns poucos, chamados Stalkers, têm habilidade suficiente para entrar e sobreviver lá dentro. Um dia, um escritor famoso e um físico contratam um Stalker para os guiarem ao Quarto, sem exatamente saber o que procuram.
Claro que aqui o stalker não é bem esse criminoso que tratamos acima, porém usa-se de uma alusão ao termo. Aliás, de tão filosófico, até o próprio filme, deixa no ar a verdadeira função do satlker. Dêem uma conferida:


Para finalizar, aí vai uma dica:
Sabem aqueles aplicativos “fofos” que dizem a Deus e eu mundo, em redes sociais, aonde você está e o que está fazendo? Pois é. Esse tipo de “artefato” facilita bastante o trabalho dos queridos perseguidores.



Muito mais fácil assim, não?! Não há necessidade de entrar em pânico e desenvolver mania de perseguição, mas, claro, se preservar e cuidar de sua segurança é sempre uma ótima opção!

Postado por: Rapha que já encontrou uns stalkers por aí.

Um comentário: